Quarto mês da temporada da temporada consolida classe de protagonistas dentro do melhor basquete do mundo
O quarto mês da temporada 2022-2023 da NBA confirmou que a atual classe dos calouros tem nomes já considerados nas primeiras prateleiras da liga de basquetebol mais estrelada do mundo.
Após o All-Star Game a temporada caminha para a reta final e grande parte das equipes estão em lutas acesas até o final da temporada. Por isso, cada minuto ganho em quadra é muito valioso, ainda mais para jogadores em desenvolvimento.
E mesmo naquelas equipes que já estão ‘abraçadas’ ao tank, é importante notar que a competitividade dos elencos para promoção dentro do time e na própria liga também é alta.
Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes sobre suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros no quarto mês da temporada 2022-2023 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que irá acompanhar o desempenho deles mensalmente.
OBS: As médias aqui apresentadas são referentes até a rodada do dia 27 de fevereiro de 2023.
(Foto: Julio Aguilar/Getty Images)
1- Paolo Banchero, Orlando Magic (último ranking: 1º)
Banchero é o calouro mais completo dessa classe do Draft e um dos melhores prospectos a chegaram na NBA na última década. Não à toa é o ponto focal do Orlando Magic mesmo com um ano de franquia.
Prova são as médias de 19,7 pontos, 6,6 rebotes, 3,6 assistências e um roubo de bola, além de 41,8% nos arremessos de quadra. Tudo isso com 33,7 minutos em quadra.
Dominante perto da área pintada, ainda falta a Banchero maior eficiência nos arremessos de média e longa distância. Os 27,7% nos chutes de três podem ser incrementados e tornarem o ala-pivô ainda mais letal no ataque de Orlando.
2- Ben Mathurin, Indiana Pacers (último ranking: 2º)
Os Pacers têm feito uma reconstrução na franquia, mesmo com nomes de peso como Tyrese Haliburton e Myles Turner no elenco. E com uma escolha top 10 no último Draft eles conseguiram Ben Mathurin como uma adição de peso.
Mathurin é muito polido no ataque e rapidamente deve formar com Haliburton uma das melhores dupla de armadores da NBA, sendo candidato já neste ano ao prêmio de Melhor Sexto Homem.
Prova são as médias atuais de 17,3 pontos, 4,1 rebotes, com 43% nos arremessos de quadra e regulares 32,5% nos chutes dos três pontos. O futuro pode ser brilhante em Indianápolis.
3- Jabari Smith Jr., Houston Rockets (último ranking: 4º)
Smith Jr. e o seu companheiro do garrafão em Auburn, Walker Kessler, são os melhores defensores dessa classe. Só que o ala-pivô é um atleta mais completo, demonstrando também maiores qualidades ofensivas.
O ala-pivô apresenta médias de 12 pontos, 7,1 rebotes e um toco, o que ilustra o impacto do atleta nas duas pontas da quadra. Mas Smith ainda precisa melhorar no aproveitamento dos chutes de quadra, com apenas 38,4% de conversão.
Os Rockets conseguiram uma reconstrução com um núcleo jovem muito talentoso, em especial no garrafão com Smith Jr. e Sengun. Com um dos maiores mercados da NBA, a franquia pode estar a uma boa offseason de distância a se tornar contender.
4- Jaden Ivey, Detroit Pistons (último ranking: 3º)
Ivey mostra a cada jogo que será o complemento ideal a Cade Cunningham nas próximas temporadas. Físicos e com boa performance ofensiva, ambos têm potencial para serem uma das melhores duplas de armadores da NBA.
As médias de Ivey estão em 15,3 pontos, 3,9 rebotes, 4,7 assistências, além de 42% nos arremessos de quadra e 33,6% nos chutes dos três pontos.
Com os Pistons em um dos processos mais longos de reconstrução da NBA a próxima offseason pode ser o ponto de ruptura da franquia, tendo o núcleo de Ivey e Cunningham a pedra angular – e única certeza, em Detroit.
5- Walker Kessler, Utah Jazz (último ranking: 7º)
Kessler é o meu jogador preferido dessa classe do Draft. É um trabalhador em quadra, fisicamente dominante e com dos melhores polimentos defensivos dos últimos anos para um calouro.
Nas duas últimas partidas, o pivô registrou 12 tocos somados, sendo que no duelo frente ao Oklahoma City Thunder conseguiu um toco no último lance do tempo normal, levando o jogo para a prorrogação e a vitória de Utah.
Kessler não é apenas líder de tocos entre os calouros, mas os 2,2 bloqueios por jogo são a quarta melhor média de toda a NBA. Soma-se a esse desempenho o crescimento em pontos (8,2) e rebotes (7,9). Ao que parece a troca para mandar Rudy Gobert a Minneapolis fica melhor a cada dia que passa.
6- Jalen Williams, Oklahoma City Thunder (último ranking: 6º)
O Thunder segue na briga para retornar aos playoffs e Jalen Williams virou titular após demonstrar consistência e crescimento constante dentro de quadra.
Williams apresenta atualmente médias de 12,4 pontos, 4,2 rebotes, 1,3 roubo de bola, com 50,9% dos arremessos de quadra e regulares 32,5% nos chutes de três pontos.
Com Williams resolvendo a lacuna na ala, Oklahoma City tem um dos melhores núcleos jovens da NBA, com Shai Gilgeous-Alexander, Josh Giddey e Chet Holmgren – desde que fuja das lesões.
7- Keegan Murray, Sacramento Kings (último ranking: 5º)
O Sacramento Kings segue em campanha para não apenas retornar aos playoffs, mas também para conseguir mando de quadra nos playoffs da Conferência Oeste.
Dentro desse cenário, Murray tem uma minutagem grande com 29,7 por jogo, e apresenta médias de 12 pontos e 4,6 rebotes, com excelentes 41,4% nos chutes de três pontos.
Murray tem um papel de complemento ofensivo nos Kings e ao que parece resolveu o problema da franquia em não conseguir um 3&D consistente.
8- Jeremy Sochan, San Antonio Spurs (último ranking: 9º)
Sochan é um dos meus prospectos preferidos dessa classe. Em Baylor apresentava um basquete atlético, correndo a quadra como armador, mesmo com um físico de ala-pivô.
Sob o comando de um dos melhores técnicos da história da NBA, Sochan tem crescido mês a mês com médias atuais de 10,2 pontos e 4,9 rebotes, sendo titular em 46 dos 49 jogos que disputou com o San Antonio Spurs.
Com o tank assumido na franquia, é tempo de manter o desenvolvimento aos jovens talentos e observar que Sochan tem se mostrado parte integral do futuro do basquete em San Antonio.
9- Jalen Duren, Detroit Pistons (último ranking: 8º)
Duren conquistou na temporada bons minutos dentro de quadra no Detroit Pistons em longa reconstrução, em especial pela importância nas duas pontas da quadra.
O pivô é o líder entre os calouros em rebotes com 8,7 e tem 8,5 pontos. Essa importância fica clara com a presença de Duren em 25,1 minutos por jogo.
Mas a posição tem alta competitividade no elenco dos Pistons. Duren, atualmente, está se recuperando de uma lesão no tornozelo, o que pode abrir espaço para o recém-chegado James Wiseman ganhar minutos na equipe.
10- Andrew Nembhard, Indiana Pacers (último ranking: fora do ranking)
Os Pacers incluíram pela primeira vez nesta temporada dois jogadores no ranking. Diferente de Mathurin, Nembhard começa grande parte das partidas (43 dos 55 jogos que participou) e tem 26,9 minutos por partida.
Nembhard tem regulares 34% de aproveitamento no perímetro, com 8,1 pontos e 4,1 assistências, sendo um complemento a Tyrese Haliburton e Mathurin na armação dos Pacers.
Os Pacers ainda brigam por playoffs na temporada, mas o último mês demonstrou como o elenco jovem tem cobrado o seu preço. Nesse cenário, é importante ter paciência com esses talentos para focar no desenvolvimento dessas peças, mesmo sem retorno imediato desejado.
Menções honrosas aos calouros
Tari Eason perdeu a vaga no ranking no ‘photo finish’, mas apresenta interessantes médias de 8,7 pontos, 5,6 rebotes e 1,1 roubo de bola nos Rockets. Pesou na decisão a baixa minutagem para o ala, com menos de 20 minutos por jogo.
A baixa minutagem também impacta dois nomes que ficaram próximos de entrar no ranking nessa edição: A.J. Griffin (Hawks, 9,2 pontos) e Mark Williams (Hornets, 7,9 pontos, 6,1 rebotes e 1,2 toco)
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