PRÉVIA NBA 2023-24: Charlotte Hornets

O Charlotte Hornets não figura nos playoffs da NBA desde a longínqua temporada 2015-16 e nesse período chegou a “bater na trave” em duas oportunidades, caindo fora na primeira rodada do play-in. Entretanto, na temporada 2022-23 o time sofreu com lesões, em especial de seu principal jogador LaMelo Ball, e terminou apenas na modesta 14ª posição da Conferência Leste com 27 vitórias e 55 derrotas.

Querendo voltar a figurar na pós-temporada e buscando uma relevância que há anos não é alcançada, a franquia de Charlotte segue apostando no crescimento de LaMelo e sendo assim renovou o contrato do armador por cinco temporadas com salário de US$ 260 milhões totais, esperando que o astro se mantenha saudável para o ano que logo se inicia.

Além de Ball, os Hornets trouxeram de volta um antigo conhecido: Miles Bridges retorna ao time após ficar um ano fora da NBA por conta de violência doméstica contra a ex-esposa Mychelle Johnson (o jogador já cumpriu 20 jogos de suspensão dos 30 impostos pela liga, portanto, ficará fora dos dez primeiros de 2023/2024).

Somam-se a dupla nomes conhecidos na NBA e com experiência, como Gordon Hayward e Terry Rozier, para se juntarem a outros que são mais novos, mas já com rodagem no time como P.J. Washington, que teve seu contrato renovado, e o pivô Mark Williams, que assumiu a titularidade da equipe no meio da temporada passada após a saída de Mason Plumlee para o Los Angeles Clippers.

Por conta da má campanha no último ano, Charlotte acabou ficando com a pick número 2 do Draft e selecionou o prospecto ala Brandon Miller, que chega da Universidade de Alabama envolto a expectativas para se juntar aos grandes nomes da NBA.

Por falar em Miller, não podemos deixar de citar que a escolha número 2 do último Draft rendeu algumas polêmicas. O nome forte para sair na segunda pick era o de Scoot Henderson, mas os Hornets deixaram o armador passar e o optaram por Miller, visando um melhor encaixe em um elenco que já conta com jogadores de qualidade para a armação.

Como já citado, em 2022-23 os Hornets sofreram com diversas lesões de LaMelo Ball (o armador jogou apenas 32 jogos na temporada regular) e sem contar com Bridges, a equipe não se encontrou e foi bem aquém da campanha feita em 2021-22, com elenco bastante similar que caiu no play-in. O retorno de Bridges ao time e a saída de um dos destaques do último ano, Kelly Oubre Jr., apontam os rumos que o time pretende tomar para a atual temporada.

Bridges é um jogador de extrema explosão nos dois lados da quadra e que contribui muito defensivamente. Mark Williams mostrou no final do último ano que pode ser dominante no garrafão e LaMelo Ball é um defensor regular fora da bola, sabendo ainda cadenciar o jogo e armar o time com maestria. A espinha dorsal da equipe será feita em torno do trio que deverá ainda ter a companhia de Rozier e Brandon Miller no quinteto titular, com nomes como Hayward e Washington saindo do banco.

Pensando na montagem dos Hornets, LaMelo Ball tende a ser “o cara” do time e o responsável por armar a equipe e cadenciar o jogo ao lado de Rozier. Bridges dará uma “explosão” à equipe que faltou no último ano (assim que estiver liberado para jogar), por ser um jogador extremamente versátil, que atua nos dois lados da quadra com um jogo físico. Miller, por ser a escolha 2 do Draft e possuir grande talento, deve iniciar aos jogos e Mark Williams será o dono do garrafão.

Hayward é o ponto de interrogação neste começo, pois os baixos rendimentos em 2022-23 chamaram atenção, mas deve ter boa minutagem saindo do banco devido ao seu talento e por também ser um bom defensor.

Além dele saindo do banco, Charlotte conta com P.J. Washington (tende a ser titular durante o resto de suspensão de Bridges), que pode jogar tanto como ala-pivô quanto de pivô, quando o técnico Steve Clifford optar por uma formação mais baixa, além do ala-armador Nick Smith Jr. (selecionado com a pick 27 do último Draft), dos experientes Frank Ntilikina e Cody Martin, e de outros nomes interessantes tais como JT Thor, Nick Richards e James Bouknight.

A expectativa toda fica em cima de LaMelo Ball. Quando atuou no último ano, o filho mais novo de LaVar Ball foi explosivo com médias de 23,3 pontos, 8,4 assistências e 6,4 rebotes. Se ficar saudável e seguir se desenvolver, é um nome que pode “pintar” até mesmo no All-Star Game e fazer com que Charlotte “sonhe com voos maiores” durante a temporada.

Vale citar ainda que o ala-pivô Kai Jones foi recentemente suspenso pelo time após algumas frases polêmicas, como duras críticas a alguns colegas de time durante uma live e em conversas com internautas em redes sociais.

(Foto: Reprodução Twitter/Charlotte Hornets)

Principais chegadas: Miles Bridges, Brandon Miller, Nick Smith Jr. e Amari Bailey

Principais saídas: Kelly Oubre Jr., Dennis Smith Jr. e Svi Mykhailiuk

Ponto forte: A evolução de LaMelo Ball e o retorno do bom Miles Bridges

Ponto fraco: A parte física preocupa já que o time conta com jogadores que se machucam bastante, como LaMelo Ball, Gordon Hayward e Terry Rozier

Campanha em 22-23: 27-55 (14º lugar do Leste)

Provável quinteto: LaMelo Ball, Terry Rozier, Brandon Miller, Miles Bridges e Mark Williams

Franchise player: LaMelo Ball

Sexto homem: Gordon Hayward

Head coach: Steve Clifford

Briga por: Play-in