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3 de outubro de 2023 - 11h10

PRÉVIA NBA 2023-24: Portland Trail Blazers

No caminho da reconstrução, Blazers procuram identidade na primeira temporada sem Damian Lillard em 11 anos

Scoot Henderson em ação pelos BlazersApós oito temporadas consecutivas chegando aos playoffs, inclusive com uma final de conferência em 2018/2019, o Portland Trail Blazers amargou a 13ª colocação do Oeste nas últimas duas temporadas, com 60 vitórias combinadas. Com o projeto de renovação batendo à porta, o armador Damian Lillard clamou pela montagem de um elenco competitivo para garantir sua permanência e, apesar do general manager Joe Cronin confirmar compromisso com isso, os rumos foram outros.

Inicialmente, os Blazers não trocaram sua terceira escolha do Draft 2023 e escolheram Scoot Henderson, armador de 19 anos do G League Ignite, algo em direção contrária a um movimento de construir um elenco estabelecido e pronto para brigar por grandes coisas. Dias depois, Cronin reafirmou seu compromisso e renovou por cinco anos e US$ 160 milhões com o ala Jerami Grant. Não foi o suficiente e, no dia seguinte, Lillard pediu para ser trocado.

Não demorou muito e Lillard verbalizou sua preferência pelo Miami Heat. O que demorou foi qualquer negócio acontecer, até a última quarta-feira (27), quando os Blazers mandaram o armador para o Milwaukee Bucks em troca tripla que trouxe Jrue Holiday, Deandre Ayton, Toumani Camara, a escolha de primeira rodada de Milwaukee de 2029 e a possibilidade de trocar de posição com Milwaukee nas escolhas de primeira rodada de 2028 e 2030 (pick swaps). Além do armador de 33 anos, os Blazers também abriram mão do pivô Jusuf Nurkic, de 29, e mandaram o recado sobre o processo de renovação, algo que nunca havia acontecido nos últimos 11 anos, período de Lillard na franquia.

A franquia do Oregon ainda moveu o veterano Holiday para o Boston Celtics e pegou Robert Williams III, Malcolm Brogdon e duas escolhas de primeira rodada, uma protegida (top 4 de 2024) e outra desprotegida (2029). A franquia deve movimentar Brogdon a fim de mais ativos em direção à reconstrução, que terá na base de armadores, formada por Scoot, Anfernee Simons (24) e Shaedon Sharpe (20), o seu núcleo.

Com produção crescendo a cada ano, Simons entra em 2023/2024 depois de uma temporada de 21,1 pontos, 4,1 assistências, 44,7% de aproveitamento nos arremessos de quadra (sendo 37,7% dos três pontos), em 35,0 minutos e sua permanência indica a confiança no jovem para ser uma das peças da renovação. Simons esteve em rumores de negociação logo que Cronin afirmou o comprometimento pela formação de um bom time ao redor de Lillard, mas o GM escolheu outra direção e o armador seguirá com chances de desenvolver seu jogo, que ofensivamente vem regular para bom, mas que defensivamente causa problemas.

A chegada de Scoot para a armação deve equilibrar o backcourt dos Blazers. Apesar de baixo para a posição atual de armador na NBA, Scoot compensa pela força, agilidade e impulsão que tem. Pelas mãos ágeis, não foram poucos os exemplos no Ignite de contra ataques gerados por um roubo de bola do armador. Fora da bola, Scoot ainda é um pouco indisciplinado e peca em algumas leituras, mas dadas suas ferramentas atléticas, ajustando as leituras, tem tudo para ser um bom defensor já na primeira temporada. Ofensivamente tem um leque muito grande e será um pontuador e facilitador divertido de se assistir.

Fechando a trinca de armador, Sharpe vem para sua segunda temporada e deverá atuar como um ala devido a seu tamanho e explosão física. Como calouro, o canadense teve uma temporada inconsistente, mas apresentou bons momentos, incluindo um jogo de 30 pontos contra os Sacramento Kings na reta final da temporada regular. Atacando o aro, o ala-armador já se mostrou que é uma ameaça em alto, mas arremessando, Sharpe precisa mostrar que subiu um degrau. Na última temporada, foram 36,0% de aproveitamento em 3,5 tentativas por jogo. Se souber achar os espaços criados por Sharpe e se mostrar alguma ameaça como arremessador, o canadense subirá de nível.

Depois de uma renovação cara e de longo prazo, fica difícil não imaginar que Grant começará como ala-pivô titular. Aos 29 anos, o ala teve bons números na última temporada, como 20,5 pontos e 40,1% nos arremessos de três, mas dado o momento de renovação da equipe, não é errado imaginar que ele também pode ser movido ao longo da temporada. Grant tem um dos perfis de jogador mais desejado da NBA atual e, embora encaixe muito bem no elenco de hoje do Blazers, como um marcados versátil e arremessador confiável, também encaixa em basicamente todos os times que brigarão pelo título. Olho no movimento.

A maior dúvida do atual elenco de Chauncey Billups de ser no pivô, com as chegadas de Ayton e Williams. Atuar juntos, só em situações extremamente específicas, já que ambos não conseguem espaçar a quadra e somente Ayton ainda tem um arremesso de meia distância. Se ofensivamente, os dois juntos batem cabeça, defensivamente, Portland teve uma melhora considerável e com profundidade de elenco. Se Williams se mantiver saudável e Ayton motivado, os Blazers terão uma grande dupla de proteção ao aro, característica que a franquia sofre há anos e contribuiu muito para a defesa ser uma das piores da última temporada. O ex-Sun de 25 anos deverá ser o titular, com Williams contribuindo com bons minutos.

Do banco, além de Williams, Brogdon, enquanto não ser trocado, e Matisse Thybulle são os nomes que deverão ter mais minutos. Assim como Grante, Thybulle renovou nesta offseason e faz a função de defensor versátil aliada à de arremessador confiável. Na última temporada foram bons 38,8% de aproveitamento nos arremessos de três em 3,9 tentativas ao longo de 27,7 minutos. Outro nome para ficar de olho é o do jovem ala de 21 anos Jabari Walker. Com pouco espaço na última temporada, o ala teve uma boa Summer League e batalhará por minutos nesta fase da franquia.

Em fase de reconstrução, Billups não terá pressão por vitórias e o time de Portland dificilmente irá contra a expectativa, ganhando muitos jogos na temporada. No rumo da renovação, a franquia tem ido bem, dentro do possível, na offseason e conseguido bons nomes e escolhas de primeira rodada, a fim de encurtar o caminho até conseguir ser competitiva na parte alta da tabela. Para esse ano, o caminho é construir uma identidade de jogo e conseguir nomes, jovens, que façam sentido dentro deste conceito. O trabalho de Billups deverá ser esse.

(Foto: Reprodução Twitter / Portland Trail Blazers)

Principais chegadas: Scoot Henderson, Deandre Ayton, Robert Williams III e Malcolm Brogdon

Principais saídas: Damian Lillard, Jusuf Nurkic, Nassir Little, Drew Eubanks, Cam Reddish e Keon Johnson

Ponto forte: A juventude e a agressividade em direção à cesta que Scoot deve imprimir tanto para si mesmo quanto para seus companheiros

Ponto fraco: A defesa foi uma das piores da última temporada e, embora o garrafão tenha sido reforçado defensivamente, o perímetro deverá seguir sofrendo um pouco, ainda com um time que está se conhecendo

Campanha em 22-23: 33-49 (13º lugar do Oeste)

Provável quinteto: Scoot Henderson, Anfernee Simons, Shaedon Sharpe, Jerami Grant e Deandre Ayton

Franchise player: Scoot Henderson

Sexto homem: Matisse Thybulle

Head coach: Chauncey Billups

Briga por: Parte baixa da tabela

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