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23 de outubro de 2023 - 19h10

PRÉVIA NBA 2023-24: Denver Nuggets

Apostando na continuidade do elenco campeão, Nuggets vão em busca do bicampeonato da NBA

DENVER, COLORADO - JUNE 12: Jamal Murray #27 of the Denver Nuggets reacts during the fourth quarter against the Miami Heat in Game Five of the 2023 NBA Finals at Ball Arena on June 12, 2023 in Denver, Colorado.Após duas temporadas de MVP do pivô Nikola Jokic, mas campanhas sem sucesso nos playoffs, o Denver Nuggets passeou em 2022/2023 e venceu seu primeiro título da história da NBA, depois de uma jornada tranquila na temporada regular, em que acabou com o primeiro lugar do Oeste, e um domínio impressionante nos playoffs, perdendo somente quatro jogos de 20, sendo somente um dos últimos nove. Apostando na continuidade do elenco campeão, a franquia vai em busca do bicampeonato, algo sempre muito difícil de se conquistar.

Dono de um ataque poderoso e um garrafão muito forte, mas uma defesa que deixou a desejar na temporada regular, os Nuggets subiram, e muito, o tom nos playoffs para dominarem o jogo dos dois lados da quadra e faturar o título. O melhor ataque seguiu imponente na pós-temporada (118,2 pontos a cada 100 posses), junto com o domínio do garrafão (53,8% de índice de rebotes, liderando entre as 16 dos playoffs) e a defesa virou top 4 (110,2 pontos por 100 posses), tudo isso liderado pelo quinteto inicial, preservado em sua totalidade para 2023/2024.

O armador Jamal Murray e Jokic formam hoje uma das duplas mais mortais da NBA. Claro que Jokic representa um bocado mais nesse domínio, mas Murray se mostrou, principalmente nos playoffs, o quanto é bom e o quanto está confiante após sua grave lesão. Em meio a melhor temporada de sua vida (2020/2021), o armador rompeu o LCA e perdeu todo o ciclo 2021/2022, retornando para a última temporada. Após médias de 20,0 pontos, 6,2 assistências (melhor da carreira), 4,0 rebotes e 39,8% nos arremessos de três, o armador deu um passo a mais e foi para 26,1 pontos, 7,1 assistências e 5,7 rebotes nos playoffs, consolidando-se como um dos grandes e decisivos armadores do Oeste.

Jokic dispensa comentários e é a peça-chave para fazer a engrenagem rodar. MVP em 2021 e 2022 (e por muitos quem deveria ter sido o de 2023), o sérvio é um dos jogadores mais inteligentes da liga e faz todos a seu redor melhorarem. Jokic flertou com um triple-double de média na última temporada (24,5 pontos, 11,8 rebotes, 9,8 assistências e 63,2% nos arremessos de quadra – melhor da carreira) e não dá o mínimo sinal de diminuir o ritmo, necessário para uma equipe que tem a difícil missão de tentar um bicampeonato.

Kentavious Caldwell-Pope, Michael Porter Jr. e Aaron Gordon completam o quinteto titular, repetindo a dose da última temporada. A construção do elenco, primeiramente pelo GM Tim Connelly e depois por Calvin Booth, a partir de 2020, apostou em jogadores atléticos e altos para a posição, com grande potencial para arremessos nos três níveis e versatilidade defensiva. Com elenco equilibrado, os três jogadores souberam entender o protagonismo de Murray e Jokic e aceitarem sua funções em quadra, resultando em um quinteto que pouco teve brecha para contestação. Dos cinco, somente Porter Jr. está se recuperando de uma torção no tornozelo, sofrida durante o training camp, e não atuou na pré-temporada, mas deverá jogar na estreia da temporada regular.

Em termos de baixas, a saída de Bruce Brown é a mais sentida. Jogador fundamental na campanha para o título, como sexto homem, o ala abraçou a chance de ter um contrato mais lucrativo e foi para o Indiana Pacers. Além dele, o veterano ala-pivô Jeff Green, que também teve papel destacado nos playoffs, foi embora, além de Thomas Bryant. Em uma offseason bem morna, a reposição não foi à altura em um primeiro momento, feita basicamente com Justin Holiday, pouco aproveitado por Dallas na última temporada. Além disso, a equipe renovou com DeAndre Jordan e Reggie Jackson, veteranos que pouco jogaram na última temporada, e Zeke Nnaji, jovem ala-pivô que poderá ter mais oportunidade com a saída de Green.

Com a saída de Brown, Christian Braun aparece como o expoente a herdar a minutagem e reponsabilidade do ala vindo na segunda unidade. Braun tem muitas qualidades, como agressividade ao cortar para a cesta, uma mentalidade defensiva, habilidade para usar seu corpo (tamanho e força) para criar jogadas e boa movimentação fora da bola, mas se desenvolver seu arremesso como spot-up em complemento a seu forte jogo de transição, deverá ser uma arma importantíssima para Denver e fará o torcedor esquecer Brown. CB está lidando com uma contusão na panturrilha e não atuou na pré-temporada, mas deve estar preparado para a estreia dos Nuggets nesta terça-feira (24).

Em seu segundo ano, Peyton Watson terá sua melhor oportunidade essa temporada na segunda unidade. O jogador foi bem em dois jogos na Summer League (19,0 pontos de média em 52,2% nos arremessos de quadra), mas decepcionou na pré-temporada, com números ofensivos bem abaixo (sete pontos em 35,9% de arremesso de quadra, sendo 27,3% nas bolas de três, com a terceira maior minutagem do time). A favor do ala, sua habilidade defensiva e sua boa movimentação no ataque são fatores que foram elogiados por Braun, seu companheiro de segundo ano na NBA.

Do Draft 2023, Julian Strawther (29ª posição) e Hunter Tyson (37ª posição) foram dois dos grandes destaques da Summer League e já apareceram de cara como candidatos a steal. Strawther liderou os Nuggets em pontuação na pré-temporada, com média de 17,8 pontos e incríveis aproveitamentos de 51,1% nos arremessos de quadra, sendo 45,2% nas bolas de três (7,8 tentativas por jogo), e 90,0% nos lances livres, sendo o segundo em minutos por jogo. A facilidade de pontuar que o jovem de 21 anos apresentou nos três níveis da quadra surpreendeu e o calouro tem grandes chances de ser bastante utilizado na segunda unidade, ao menos no começo da temporada.

Depois de ser o cestinha dos Nuggets na Summer League e integrar o primeiro time do torneio, o ala Hunter Tyson chegou à pré-temporada com mais chance de impressionar e foi o jogador que mais jogou pela franquia, mas não deu o retorno esperado até aqui. Aos 23 anos, o “experiente calouro” viu seu aproveitamento nas bolas de três despencar de 50% em 7,2 tentativas na SL para 28,6% em 5,6 tentativas na pré-temporada. A média de 9,4 pontos em 24,9 minutos. Tyson busca voltar a ser o arremessador confiável que mostrou ser na SL para cavar minutos na segunda unidade, assim como Strawther, que parece estar à frente neste momento.

Os Nuggets mantiveram os titulares do elenco campeão e acreditam na continuidade do trabalho do bom técnico Michael Malone junto à evolução dos jovens jogadores para repetirem a dose e conquistarem o bicampeonato da NBA.

(Foto: Matthew Stockman/Getty Images)

Principais chegadas: Justin Holiday e Julian Strawther

Principais saídas: Bruce Brown, Jeff Green, Thomas Bryant e Ish Smith

Ponto forte: Nikola Jokic. O pivô sérvio é o melhor jogador da NBA e um fator de desequilíbrio que faz o time jogar melhor como o grande facilitador que é. Com ele saudável, os Nuggets têm chances de vencer de novo. Sem ele, sem chance

Ponto fraco: Profundidade de elenco. Até difícil falar disso, já que o time foi campeão com um elenco longe de ser profundo, mas agora os Nuggets dependem da evolução de jogadores jovens na segunda unidade

Campanha em 22-23: 53-29 (primeiro lugar do Oeste)

Provável quinteto: Jamal Murray, Kentavious Caldwell-Pope, Michael Porter Jr., Aaron Gordon, Nikola Jokic

Franchise player: Nikola Jokic

Sexto homem: Christian Braun

Head coach: Michael Malone

Briga por: Título da NBA

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