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8 de dezembro de 2023 - 16h12

PRÉVIA: Los Angeles Lakers x Indiana Pacers (Final Torneio In-Season)

Ainda invictos no Torneio In-Season, Lakers e Pacers duelam na grande final, em Las Vegas, neste sábado

LeBron James, D'Angelo Russell, Anthony Davis - Los Angeles Lakers - semi In-SeasonDepois de quadras diferentes, camisas alternativas e torcidas pulsantes, o primeiro Torneio In-Season da história foi intenso entre novembro e este começo de dezembro e tudo chega ao fim neste sábado (9), em Las Vegas. Los Angeles Lakers (14-9) e Indiana Pacers (12-8) se enfrentam na grande final, na T-Mobile Arena, em busca do primeiro título da “Copa NBA”.

Melhor campanha entre os quatro classificados para as semifinais, no critério de desempate, os Lakers passaram invictos por Grizzlies, Trail Blazers, Jazz e Suns na fase de grupos, antes de baterem os Suns novamente, agora nas quartas, e os Pelicans, nas semifinais desta quinta-feira (7), em uma tranquila vitória. Do outro lado, os Pacers, apesar de também invictos, tiveram caminho mais complicado, vencendo Pistons, Hawks, Cavaliers e 76ers no grupo, passando pelos Celtics, líder do Leste, nas quartas, e pelos Bucks, nas semifinais, com vitória apertada após grande quarto período.

Depois de início com tabela difícil e algumas derrotas empilhadas, os Lakers vivem grande fase na temporada regular. A franquia angelina está na quarta posição da Conferência Oeste, na temporada regular, e vêm de 11 vitórias nos últimos 15 jogos, logo depois de iniciar a temporada com uma campanha de 3-5. Os Pacers sempre viveram altos e baixos, mas nunca estiveram em uma melhor sequência do que a atual. São nove vitórias nos últimos 14 jogos, mas são três vitórias seguidas contra Heat, Celtics e Bucks, basicamente a nata do Leste.

Acompanhe aqui mais uma prévia do The Playoffs!

Foto: Reprodução Twitter / Los Angeles Lakers

LAKERS X PELICANS: COMO CHEGAM

Se tem um fator que poderia resumir bem a ascensão dos Lakers nas últimas rodadas e a escalada na tabela da Conferência Oeste, esse fator é a defesa. A franquia tem a sétima melhor defesa de toda a liga até aqui (índice defensivo de 110,3 pontos a cada 100 posses), sendo a segunda melhor nos últimos 15 jogos, intervalo que o time cresceu na tabela, com excelente índice de 108,4, e vem de uma partida dominante contra os Pelicans, em que permitiu somente 89 pontos a um ataque que tinha média de 114,6 por jogo até o dia do jogo.

E precisar realmente dever tudo à defesa, porque o ataque é o nono pior da liga (índice ofensivo de 111,4), esbarrando na grande dificuldade de pontuar a partir de bolas de três (29,7 tentativas por jogo é a segunda pior marca da liga e o aproveitamento de 34,3% é o quarto pior). A partida contra os Pelicans desta quinta foi uma grande exceção, em que a equipe conseguiu conectar 17/35 (48,6%), seu segundo melhor desempenho do ano.

Na flor da idade, ou quase isso, LeBron James é o cestinha da equipe, contribuindo com 25 pontos (40,7% de aproveitamento nas bolas de três, absurdamente sua maior marca da carreira), além de 7,5 rebotes, 6,6 assistências e 1,5 roubo. Além disso, vem de uma performance arrebatadora contra os Pelicans, em que emplacou 30 pontos, oito assistências e cinco rebotes em somente 23 minutos. Atrás dele, Anthony Davis tem temporada boa e, até aqui, saudável, com médias de 22,7 pontos, 12,7 rebotes e 2,7 tocos. D’Angelo Russell completa o pódio de pontuadores com 16,6 pontos e ótimos 40,5% de aproveitamento em arremessos de três.

O ataque dos Pacers é uma das coisas mais caoticamente organizadas e divertidas de se assistir da temporada até aqui. Foi com esse dinamismo ofensivo sob a batuta de Tyrese Haliburton que a franquia conseguiu despachar Celtics e Bucks no mata-mata do Torneio In-Season. A equipe tem o melhor ataque da liga por muito, com índice ofensivo de 123,5, mas o problema é lá atrás, já que o time é daqueles que joga e deixa jogar. A defesa de Indiana é a terceira pior da NBA, com índice defensivo de 119,8, à frente somente de Hornets e Wizards.

Haliburton segue como uma das sensações da temporada na NBA, com médias de 26,9 pontos, 12,1 assistências (lidera a liga), incríveis 44,1% de aproveitamento em arremessos de três em 8,9 tentativas por jogo, e ainda mais incríveis 2,2 desperdícios por jogo. Na semi, o armador, o armador foi sublime com 27 pontos, 15 assistências, sete rebotes e nenhum desperdício, números que o ajudam a concorrer forte ao prêmio de MVP do torneio. Atrás dele, sete jogadores usufruem de sua capacidade de dividir a bola e têm mais de dez pontos de média, com destaques para os 17,1 pontos de Myles Turner e os 13,3 e 13,0 de Buddy Hield e Bennedict Mathurin, respectivamente.

Ambas as equipes não contam com desfalques sérios e recentes. Os Lakers seguem sem contar com Gabe Vincent (joelho), enquanto Jalen Smith (calcanhar) desfalcam os Pacers. Andrew Nembhard saiu no meio da partida contra os Bucks, com dores no joelho, e não retornou , por isso é colocado como dúvida para a final.

O CONFRONTO

Tyrese Haliburton - Indiana Pacers - semi In-Season

A partida de final coloca frente a frente dois dos melhores times em pontuar dentro do garrafão e a partir de contra ataques. Liderados por LeBron e Davis, os Lakers tem a sexta maior média de pontos dentro do garrafão da liga (54,7), a qual contribui e muito para o ataque angelino, o qual foge, e muito, das bolas de três (55,5% dos pontos dos Lakers são em bolas de dois, terceira marca da liga). Boa parte desses pontos vem em contra ataques a partir da boa defesa (15,8 pontos em média).

Se os Lakers tem um grande volume e aproveitamento dentro da área pintada e também a partir de contra ataques, enfrenta um time que, nesse aspecto, é o melhor da liga. Os Pacers têm 59,8 pontos de média dentro do garrafão (primeiro), sendo 17,2 em contra ataques (segundo). Não bastasse o volume ofensivo nesse aspecto, de fora a equipe também maltrata os rivais. O ataque da equipe chuta 38,9 bolas por jogo (quinto da liga) com aproveitamento de 38,1% (sexto). Soma-se a isso, o cuidado com a bola, traduzido em números como os somente 12,1% dos ataques que terminam em desperdício (segunda marca da liga) e a relação de assistências por desperdício de 2,41 (melhor da liga) e você tem um ataque poderoso.

Os Pacers enfrentaram um time que vem melhor em pegar rebotes nos últimos jogos nos Bucks e, mesmo sendo um dos piores times no quesito, conseguiu vencer a batalhar de rebotes. Na final contra os Lakers o buraco é mais embaixo. Nos últimos dez jogos, os Lakers lideram a NBA em garantir os rebotes defensivos (agarra 75,7% das possibilidades), enquanto os Pacers, no mesmo intervalo, dos dois lados da quadra, têm mostrado dificuldades. Em termos de rebotes defensivos a equipe consegue apenas 67%, terceira pior marca da liga, à frente somente de Suns e Blazers. Isso faz com que o time tome muitos pontos de segunda chance (16,6), mas a boa notícia aqui é que os Lakers vai mal na tábua ofensiva e têm uma média de pontos de segunda chances péssima de dez pontos. Turner deverá ter uma noite agitada após a partida contra Davis. Do mesmo jeito, não acredito que AD terá parada fácil, já que o pivô de Indiana está em ótima fase e vem de grande jogo.

Um dos pontos que chamou a atenção na vitória dos Pacers sobre os Bucks foi como a franquia de Indiana atacou constantemente o pivô Brook Lopez, de diversas maneiras, e soube responder à zona dos Bucks, mesmo que não tenha, minimamente, conseguido parar Giannis Antetokounmpo em algum momento. Contra os Lakers, esse ataque constante contra o pivô longe da cesta deve ser muito mais complicado, já que quem está por ali é Davis e em par com LeBron para comandar as rotações. O time tem vivido um grande momento defensivo e essa pode ser a chave para conseguir diminuir os prejuízos contra o dinâmico ataque de Indy.

Outra variável importante, que pode ser decisiva em um jogo apertado, são os lances livres e contando as equipes envolvidas este fator pode ser ainda mais crucial. Contando o recorte dos últimos dez jogos das equipes, Lakers (26) e Pacers (25,4) são a quinta e a sétima equipes que mais cobraram lances livres na liga, porém contam com baixos aproveitamentos de 77,7% e 77,2%, também muito próximos e muito baixos. Esse tipo de pontuação conta mais para os Lakers do que para os Pacers dentro do jogo ofensivo, mas em uma partida de final, que tende a ter maior nervosismo, maior intensidade e, consequentemente, mais faltas, este é um pontos relevante.

Limitar os arremessos de fora de Indiana e contar com um jogo coletivo que possibilite arremessos mais confiáveis de três pode ser uma fator chave para os Lakers.

Foto: Reprodução Twitter / Indiana Pacers

RETROSPECTO

As equipes ainda não se enfrentaram na atual temporada. Depois da final, o próximo confronto é somente em 24 de março, em Los Angeles.

PALPITE: LAKERS

Os Pacers vêm desbancando e calando a todos os que apostam contra eles. Com o ataque poderoso que tem, as ótimas fases de Haliburton e Turner e um ótimo técnico, como Rick Carlisle, no banco, a equipe tem boas chances de aprontar novamente, mas a boa fase dos Lakers me convence mais neste momento. A forte defesa comandada por LeBron James e Anthony Davis creio ter mais capacidade de controlar o incrível ataque de Indiana, em comparação à habilidade que frágil defesa dos Pacers terá para limitar o ataque ainda de altos e baixos dos angelinos.

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