5 jogadores disponíveis no mercado de waivers e buyouts da NBA

Nesta sexta-feira (1), encerra-se o período em que um jogador dispensado pode entrar em acordo com uma nova equipe para atuar na pós-temporada, o chamado “playoff eligibility waiver deadline”. Após o trade deadline de 8 de fevereiro, diversos jogadores mudam de time ao mesmo tempo que um grande número é dispensado ou acaba ficando sem função/espaço na nova equipe.

Neste cenário, o mercado de buyouts da NBA reserva alguns tesouros para times que disputarão o título. Um caso de sucesso recente é o de Kevin Love com o Miami Heat. O veterano ala-pivô rescindiu seu contrato com Cleveland Cavaliers em fevereiro de 2023 e acertou com o Heat na sequência, tornando-se peça importante na rotação da equipe que chegou às finais.

Nesta temporada, neste intervalo de fevereiro, alguns jogadores já acharam novas casas após as movimentações do trade deadline. Spencer Dinwiddie foi para o Los Angeles Lakers, Kyle Lowry chegou ao Philadelphia 76ers e Danilo Gallinari acertou-se com o Milwaukee Bucks, para citar alguns.

Com alguns bons nomes por aí, o The Playoffs elencou cinco jogadores agentes livres, ou que deverão ser dispensados de seus times, que deverão ser cortejados pelas equipes nesses próximos dois dias.

(Foto: Reprodução Twitter / Los Angeles Clippers)

1 – Marcus Morris (SF – San Antonio Spurs)

Médias em 2023/2024: 6,7 pontos, 2,9 rebotes e 40% nos arremessos de três (2,4 tentativas)

Morris chegou aos Spurs como parte da troca tripla que levou o ala-armador Buddy Hield para o Philadelphia 76ers e Doug McDermott para o Indiana Pacers durante o dia do trade deadline. O veterano de 34 anos chegou à franquia e não entrou em quadra, devendo ter seu contrato rescindido.

O ala estava nos 76ers desde novembro deste ano, negociado pelo Los Angeles Clippers na troca que levou James Harden a Los Angeles. Pelos Sixers, foram 37 jogos, sendo sete como titular, e médias de 6,7 pontos, 2,9 rebotes e 40% nos arremessos de três em 2,4 tentativas por jogo, ao longo de 17,2 minutos. O veterano está no último ano (US$ 17,1 milhões) de um contrato de quatro anos e US$ 64 milhões.

Morris é um ala experiente, físico e que consegue espaçar a quadra. Jogando poucos minutos, vindo do banco, consegue impacto em muitos times. O ala tem 65 jogos de playoffs na carreira, sendo 45 como titular, com média de 30,1 minutos por jogo.

2 – Danuel House Jr. (SF – Agente livre)

Médias em 2023/2024: 4,2 pontos, 1,7 rebote e 44,8% nos arremessos de quadra (3,1 tentativas)

House teve seu grande momento na carreira entre as temporadas 2018/2019 e 2019/2020, quando se firmava no Houston Rockets como um ala físico, bom defensor de várias posições e com um arremesso de três confiável (teve aproveitamentos de 41,6% e 36,3%, respectivamente), mas tudo começou a ruir quando, na bolha de Orlando, em 2020, o ala foi suspenso pela NBA por violar umas políticas da liga.

De lá para cá, o desempenho do ala de 30 anos caiu muito ofensivamente, tendo dificuldades em achar consistência em seu arremessos de fora. Nas últimas duas temporadas, pelo Philadelphia 76ers, o ala teve 33,6% e 30% e acabou trocado para o Detroit Pistons, antes de ser dispensado.

Quem olha para House Jr. hoje deve procurar um ala que ainda pode contribuir defensivamente dentro da rotação, principalmente como um marcador ágil e versátil. A oferta de alas atléticos não é grande na liga neste momento e ele deverá conseguir achar uma nova casa.

3 – Otto Porter Jr. (PF – Utah Jazz)

Médias em 2023/2024: 2,6 pontos, 1,9 rebote e 42,4% nos arremessos de quadra (2,2 tentativas)

Enviado ao Utah Jazz em troca que levou Kelly Olynyk e Ochai Agbaji ao Toronto Raptors no dia do trade deadline, Porter Jr. não está com o Jazz e nem deve jogar pela equipe, atrás de um acordo por um buyout. Ele está no último ano de contrato, no valor de US$ 6,3 milhões.

Porter Jr. teve dificuldades de se manter saudável em quatro das últimas cinco temporadas, dividindo seu tempo entre Chicago Bulls, Orlando Magic e Raptors. O grande ponto a favor do ala é que na única temporada saudável (63 jogos) neste meio, em 2021/2022, com o Golden State Warriors, ele teve papel muito importante em uma campanha que terminou com o título da franquia.

Fazendo o trabalho sujo durante 22,1 minutos por jogo, o ala terminou aquela temporada com 8,2 pontos, 5,7 rebotes e 37% de aproveitamento em 3,4 tentativas de três por jogo. Nos playoffs, foram 19 jogos, três como titular, com 19,5 minutos por partida. O ala tem experiência e muitas valências dos dois lados da quadra, mas as lesões recorrentes, principalmente no pé, podem ser um pesadelo.

4 – Killian Hayes (PG – Agente livre)

Médias em 2023/2024: 6,9 pontos, 4,9 assistências e 0,9 roubo

Hayes foi selecionado na sétima posição do Draft 2020, pelos Pistons, à frente de Haliburton, Maxey, Vassell e muitos jogadores que já se provaram bem superiores ao armador francês. Com dificuldades ofensivas, o armador foi muito inconsistente na rotação de Detroit ao longo das quatro temporadas por lá e nunca vislumbrou uma evolução que cravasse seu nome na equipe. Agora com um time recheado de bons valores jovens no backcourt, o espaço para Hayes, simplesmente, desapareceu.

A situação aqui com Hayes, que ainda tem 22 anos, é diferente dos demais nomes da lista, pois se trata de um jogador ainda jovem, que tem muitas valências defensivas e ainda pode se desenvolver em um playmaker sólido, já que suas médias na carreira de 5,2 assistências e 2 desperdícios parecem otimistas nesse sentido. O que limita bastante seu potencial são os arremessos: 38,2% de aproveitamento nos arremessos de quadra, sendo 27,7% de três na carreira.

Quem apostar no francês estará olhando mais no futuro do que no presente no que parece uma aposta baixa que pode devolver um valor relevante em se tratando de um nome para a rotação.

5 – Joe Harris (SF – Agente livre)

Médias em 2023/2024: 2,4 pontos e 33,3% nos arremessos de três (1,9 tentativa)

Visto como uma boa aquisição pelos Pistons durante a offseason de 2023, principalmente, por oferecer um espaçamento e uma ameaça da linha dos três que a franquia não tinha (e ainda não tem), Harris simplesmente não aconteceu em Detroit. O ala teve problemas no ombro que o limitaram na temporada a apenas 16 partidas e 10,6 minutos de ação em média.

Aos 32 anos e no último ano de contrato, no valor de US$ 19,9 milhões, o ala acabou dispensado pelos Pistons no dia do trade deadline e, certamente, será cortejado por times de playoffs. Reconhecido arremessador de três, Harris tem média de 43,6% de aproveitamento em 4,7 tentativas de três por jogo. Entre 2017/2018 e 2022/2023, o ala não teve menos do que 41,9% em uma temporada, atingindo o auge de incríveis 47,5% em 6,4 tentativas em 2020/2021, números absurdos.

O ombro de Harris com certeza limitou seu jogo na atual temporada. Se estiver recuperado, o ala é uma boa adição para qualquer equipe minimamente organizada, sem restrição.