França planejava jogar com Gobert e Wembanyama ao lado de Embiid

A escolha de Joel Embiid, pivô camaronês do Philadelphia 76ers, sobre qual seleção defenderia nas Olimpíadas de 2024 foi uma novela em 2023, com ele optando pelos Estados Unidos, em outubro, sobre Camarões, seu país de origem, e a França, onde também tem cidadania.

Nesta quarta-feira (20), uma matéria de Joe Vardon, do The Athletic, revelou mais alguns detalhes deste processo de escolha, bem como pensavam e atualmente pensam Jean-Pierre Siutat, presidente da federação francesa, e Vincent Collet, técnico da seleção.

Uma das informações mais interessantes dá conta sobre como Collet planejava armar a seleção francesa com Victor Wembanyama, pivô do San Antonio Spurs de 2,26 m de altura, Rudy Gobert, pivô de 2,16 m do Minnesota Timberwolves, e Embiid, que tem 2,13 m, juntos como titulares, com Wemby deslocado para a ala.

“Seria fácil fazê-los jogar juntos, especialmente Victor com Joel, porque com a mobilidade de Victor, ele consegue jogar na [posição] três (ala). Tê-los juntos na quadra seria muito especial. Por isso, fiquei muito desapontado”, disse o técnico, sobre a possibilidade e sobre a situação com Embiid.

Embiid revelou a Grant Hill. ex-jogador da NBA e atual diretor da USA Basketball, que representaria os EUA nas Olimpíadas no dia 5 de outubro, dia do aniversário de Hill, mas antes disso havia se encontrado diversas vezes com autoridades da federação francesa e expressado seu interesse em jogar pelo país, inclusive solicitando um passaporte francês, porém, nunca realmente se comprometeu com a seleção.

“Nós soubemos sobre isso no mesmo dia (revelação de Embiid a Hill sobre o comprometimento com os EUA). Não é tão fácil conseguir o passaporte. Fizemos isso porque ele nos pediu e estávamos felizes em dar as boas-vindas a ele. No fim, ele decidiu ir para o time dos EUA. Estava feito para mim, mas você sabe, não precisava ter pedido o passaporte”, revelou Siutat, segundo o The Athletic.

O presidente da federação ainda declarou que acha que Embiid teve sua decisão norteada pelo caminho mais fácil para conseguir uma medalha do que pelo coração de representar uma nação. “O Team USA, com ele, quem poderá vencê-los? Vamos aí, ninguém. Este foi um caminho fácil para ele chegar a uma medalha olímpica”, falou Siutat.

A França está no Grupo B do basquete masculino nas Olimpíadas, ao lado de Alemanha, Japão e quem passar do pré-olímpico da Estônia (que pode ser o Brasil), enquanto os EUA estão no Grupo C, com Sèrvia, Sudão do Sul e quem passar do pré-olímpico do Porto Rico.

(Foto: Reprodução Twitter / Philadelphia 76ers)