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16 de abril de 2024 - 14h04

Ranking dos calouros da NBA 2023-2024: Final

Final da temporada confirma e celebra uma das melhores classes de calouros desse século

Nikola Jokic, Victor Wembanyama - San Antonio Spurs @ Denver NuggetsA temporada regular 2023-2024 da NBA se despediu no último domingo (14) e com ela a confirmação e celebração de uma das melhores classes de calouros desse século.

Mas antes de comentar individualmente esses atletas é importante frisar a dificuldade em quantificar talento. Quantos bons prospectos vemos anualmente em qualquer esporte? E quantos deles ao final de suas respectivas carreiras chegaram próximo desse teto?

O futuro apresenta diversas variáveis e a continuação dessa validação para esses atletas precisa ser diária. Jogo a jogo, sem nunca esquecer que a glória se paga pelo trabalho.

Outro aspecto que não pode ser ignorado é a relação entre expectativa e realidade. Scoot Henderson foi a terceira escolha do último Draft, selecionado atrás apenas de Victor Wembanyama e Brandon Miller.

Henderson finalizou a temporada com 14 pontos e 5,4 assistências, tendo anotado mais de 15 pontos nos últimos seis jogos. Números bons para qualquer calouro da NBA, mas aquém das necessidades e expectativas do Portland Trail Blazers ao longo da temporada.

Isso significa que Henderson não atingirá o teto esperado? Não, sendo que mesmo em um cenário similar ao registrado nessa temporada de calouro, é possível que o armador se torne uma peça importante dentro do elenco dos Blazers – ou de outra franquia da NBA.

E essa classe de calouros apresentou uma série de atletas que podem causar impacto positivo na liga nos próximos anos. O futuro apresenta boas oportunidades além de variáveis e o talento e trabalho está ali com esses jogadores.

Quer saber mais sobre essas certezas e dúvidas das equipes em relação a suas jovens estrelas? Confira abaixo o top 10 dos calouros após o final da temporada regular 2023-2024 da NBA, mais um conteúdo exclusivo do The Playoffs, que tem acompanhado o desempenho deles mensalmente.

(Foto: Reprodução Twitter / Denver Nuggets)

1- Victor Wembanyama, San Antonio Spurs (último ranking: 1º)

Gregg Popovich assumiu o San Antonio Spurs na temporada 1996-1997 e registrou o recorde de 20-62. No ano seguinte um rapaz vindo de Wake Forest e chamado Tim Duncan chegou à franquia e logo naquele ano os Spurs foram às semifinais da Conferência Oeste, chegando ao título da NBA na temporada seguinte.

Popovich é, possivelmente, um dos melhores desenvolvedores de talentos da história da NBA e conseguiu cinco títulos da NBA com os Spurs. Quis o destino que um novo diamante chegasse às mãos do treinador e após o primeiro ano de Wembanyama na liga fica claro que o futuro é mais do que promissor no Texas.

Wembanyama teve média de minutagem abaixo dos 30 minutos e conseguiu mesmo assim 339 tocos e roubos de bola, sendo líder na NBA no quesito. Na outra ponta da quadra, os 21,4 pontos de média e 32,5% de aproveitamento nos chutes de três pontos apresentam um perigo constante. San Antonio tem um novo xerife. Resta fornecer bons assistentes ao francês.

2- Chet Holmgren, Oklahoma City Thunder (último ranking: 2º)

Mark Daigneault foi nomeado técnico do ano pela National Basketball Coaches Association e grande parte desse prêmio foi conquistada por levar um time com média de 24 anos de idade à primeira posição da Conferência Oeste – recorde histórico.

Dentro desse jovem elenco uma das principais jovens estrelas é Holmgren. Após vencer as desconfianças sobre a recuperação da lesão no pé que tirou o pivô de toda a última temporada, o atleta se mostrou um defensor de elite e um excelente complemento ofensivo aos armadores talentos do Thunder, inclusive atuando em todos os 82 jogos da temporada.

Shai Gilgeous-Alexander e Jalen Williams se complementavam em quadra, mas precisavam de uma referência no poste baixo frente a Nikola Jokic, Karl-Anthony Towns, Anthony Davis e cia. Os playoffs do Oeste devem ser um dos mais equilibrados dos últimos anos e Holmgren é um dos fatores chave que fazem Oklahoma City sonhar em retornar às finais da NBA.

3- Brandon Miller, Charlotte Hornets (último ranking: 3º)

Os Hornets terão diversas decisões importantes nesta próxima offseason. Do substituto de Steve Clifford, que irá assumir um posto diretivo na franquia, à negociação pela renovação com LaMelo Ball e mais um Draft com pick alta cada vez mais próximo.

Mas dentro de tantas incertezas, Miller se mostrou uma escolha mais do que acertada. Após um início turbulento, o ala se mostrou um pontuador eficiente e fechou a temporada com 17,3 pontos e 37,3% de aproveitamento nos chutes de três.

Ball enfrentou (mais) uma temporada marcada por lesões e Miller demonstrou que pode assumir o protagonismo da franquia. Obviamente o melhor cenário é o complemento desses talentos, mas hoje os Hornets ganharam mais fichas dentro do mercado. Seja para um recomeço de reconstrução ou continuação das obras, Charlotte termina a temporada melhor do que entrou.

4- Keyonte George, Utah Jazz (último ranking: 4º)

O Jazz silenciosamente tem feito um trabalho eficiente no front office nos dois últimos anos. A franquia que por anos foi contender na Conferência Oeste com Donovan Mitchell, Rudy Gobert e Mike Conley conseguiu importantes escolhas de Draft e tem feito uma reconstrução lenta, mas eficaz.

Se Walker Kessler se tornou um importante defensor de aro após ser a 22ª do Draft 2023, George apresentou ser um armador confiável, após ter sido selecionado na 16ª posição neste ano.

George conseguiu buscar espaço frente a veteranos como Jordan Clarkson e Collin Sexton e fechou a temporada com 13 pontos e 4,4 assistências. Números que demonstram o potencial do armador em um jovem elenco. Nesse cenário, Utah pode continuar a formar as fundações do futuro da franquia – tendo duas picks no próximo Draft – uma delas, sendo Top 10.

5- Scoot Henderson, Portland Trail Blazers (Último ranking: 5º)

Scoot Henderson - Portland Trail Blazers

Como mencionado anteriormente, após uma temporada recheada de expectativas e frustrações, é sim possível afirmar que o armador termina esse primeiro ano com mais pontos positivos deixados em Portland.

Henderson é um armador atlético, perigo constante ao atacar ao aro e que ainda pode melhorar nos arremessos do perímetro, depois de fechar a temporada com 32,5% de aproveitamento.

Os Blazers também entram na próxima offseason com decisões importantes a serem tomadas. Da permanência de Chauncey Billups no comando técnico da equipe à negociação/renovação de veteranos como Malcolm Brogdon, Robert Williams III e Deandre Ayton. Certeza? Henderson estará lá como peça importante desse elenco.

(Foto: Reprodução Twitter / Portland Trail Blazers)

6- Jaime Jaquez Jr., Miami Heat (último ranking: 6º)

Miami teve uma temporada regular turbulenta do início ao fim, mas conseguiu se solidificar na reta final e venceu sete dos últimos dez jogos para terminar na oitava colocação.

Jaquez Jr. também apresentou oscilações nessa temporada, mas é inegável que foi uma peça importante dentro da rotação. Polido defensivamente, o armador pode crescer em participação no elenco nas próximas temporadas sob a orientação de Erik Spoelstra.

Um dos principais pontos de melhora para Jaquez Jr. é o arremesso do perímetro. 32,2% não é uma média ruim, mas também apresenta teto de melhora. Pontuar mais é fundamental para maiores minutagens para o armador dentro da NBA. Ainda mais em um contender como Miami.

7- G.G. Jackson, Memphis Grizzlies (último ranking: 8º)

As lesões destroçaram qualquer expectativa para os Grizzlies na temporada e dentro de um cenário de reconstrução obrigatória, Jackson aproveitou muito bem as oportunidades criadas.

Jackson apresentou boa produção ofensiva e fechou a temporada com 14,6 pontos. Somente no mês de abril, o ala atuou em oito jogos e anotou ao menos 11 pontos em todas essas partidas – o que incluiu os 44 pontos em 44 minutos na despedida da temporada frente aos Nuggets.

É possível afirmar que Jackson irá formar um quarteto titular junto a Ja Morant, Desmond Bane e Jaren Jackson Jr.? Obviamente não. Mas o ala apresentou que no mínimo pode ser um sexto homem confiável na rotação e que caso as lesões se afastem de Memphis na próxima temporada, a franquia será presença novamente na pós-temporada.

8- Amen Thompson, Houston Rockets (último ranking: não ranqueado)

No estouro do cronômetro, Amen se junta à lista dos melhores calouros e (spoilers aqui), tirando o próprio irmão do ranqueamento. Escolha número quatro do último Draft, o ala perdeu 20 jogos por lesão nessa temporada, mas conseguiu nos últimos meses se firmar em quadra.

Houston conseguiu terminar a temporada com 41 vitórias e mesmo assim ficou fora dos playoffs. O time comandado por Ime Udoka tem um núcleo jovem e talentoso com nomes como Jalen Green, Jabari Smith Jr. e Alperen Sengun. Faltava um ala-armador para completar esse trio e Amen dá justamente isso a Udoka.

Se Green encontrou no também calouro Cam Whitmore um gatilho para o jogo no perímetro, buscou em Amen uma opção qualificada para abrir espaços na quadra e trabalhar próximo ao aro – até pela boa movimentação de dentro para fora de Sengun. O quebra-cabeças dos Rockets oferece diversas montagens a Udoka e o posto de contender pode estar a uma ou duas movimentações na próxima offseason.

9- Brandin Podziemski, Golden State Warriors (último ranking: 9º)

A sucessão é uma das maiores dificuldades no mundo corporativo. Afinal, você constrói uma empresa e após anos de trabalho não sabe com quem deixar esse legado. Nos esportes essa “passagem de bastão” também é complexa, ainda mais em um elenco vencedor como o dos Warriors.

Após diversas oscilações na temporada, foi justamente quando Stephen Curry e Klay Thompson aumentaram o nível que a franquia conseguiu se consolidar e buscar a última vaga no torneio play-in. Mas o sinal de alerta está aceso e nesse cenário Podziemski deixou uma primeira impressão muito boa em São Francisco.

O armador mostrou bons predicados para ganhar minutos nos próximos anos em meio à dupla vencedora.  As médias foram boas de 9,2 pontos, 5,8 rebotes, 3,7 assistências e 38,5% de aproveitamento nos chutes dos três pontos. Para se consolidar no elenco é preciso ir mais longe, mas é inegável que Podziemski apresentou credenciais para ganhar mais responsabilidade nos próximos anos dentro dessa sucessão de gerações na franquia.

10- Dereck Lively II, Dallas Mavericks (último ranking: 7º)

Os Mavericks foram uma das surpresas mais gratas da temporada. A expectativa de uma implosão como vista no último ano não se confirmou, Luka Doncic e Kyrie Irving formam uma dupla muito perigosa nos playoffs, Daniel Gafford e P.J. Washington foram adições de impacto no período de trocas e Lively II (quando saudável) é um defensor importante contra caras grandes do Oeste.

Dallas nos últimos anos sofreu pela fragilidade dentro do garrafão e por isso Lively II será muito exigido dentro desses playoffs. As médias de 1,4 toco e 6,9 rebotes demonstram a força do pivô na área pintada, mas o teste de fogo contra Nikola Jokic e outros nomes será fundamental para vermos o estágio de evolução do atleta.

Se o futuro é agora no Texas, Lively II tem potencial para ser um titular seguro para uma franquia baseada na técnica dos armadores, sem ter a pressão de pontuar, mas com a responsabilidade dos encaixes defensivos. Qualidade para essa função o pivô já demonstrou. É fazer isso de forma regular e, de preferência, sem sofrer com tantas lesões.

Menções honrosas aos calouros

Antes de fechar o ranking, valem menções honrosas aos seguintes calouros:

  • Cam Whitmore (Houston Rockets): Whitmore comprova o excelente trabalho via Draft feito pelos Rockets nos últimos anos. Um dos principais gatilhos entre os calouros, o ala atuou em apenas 47 jogos na temporada e por isso ficou fora do ranking. Mas os 12,3 pontos de média deixam claro a qualidade do atleta;
  • Ausar Thompson (Detroit Pistons): Ausar perdeu a vaga para o irmão e também para as lesões. Em mais uma temporada marcada pela bagunça (dentro e fora das quadras) em Detroit, o ala apresentou bons predicados ofensivos próximo ao aro e pode ser um complemento importante a Cade Cunningham no futuro (?) da franquia;
  • Jordan Hawkins (New Orleans Pelicans): Hawkins apresentou potencial durante a temporada, em especial, nos momentos de lesões da dupla C.J. McCollum e Brandon Ingram. Com menos tempo de quadra o lugar no ranking foi perdido, mas para os Pelicans fica a certeza de um boa peça na rotação do elenco;
  • Trayce Jackson-Davis (Golden State Warriors): Assim como Podziemski, Jackson-Davis também apresentou credenciais para ser uma peça importante no elenco para os próximos anos. O ala-pivô demonstrou bom polimento defensivo e deve continuar a receber minutagem dentro dos playoffs, até pela necessidade de parar os alas altos do Oeste.

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