The Playoffs apresenta as potenciais escolhas de loteria do Draft da NBA 2024, que acontece no dia 26 de junho
A loteria do Draft 2024 da NBA aconteceu no último domingo (12) e consagrou o Atlanta Hawks com a primeira escolha. Donos da décima posição da Conferência Leste na última temporada regular, os Hawks tinham apenas 3% de chance de conseguir a top pick e assim quis o destino, concedendo à franquia da Geórgia a posição pela primeira vez na história da franquia, desde a instalação do sistema de loteria, em 1985.
Diferente do último Draft, em que o pivô francês Victor Wembanyama era uma barbada na primeira posição com o San Antonio Spurs, a seleção deste ano não tem um grande talento tão à frente dos demais. Alexandre Sarr, um novo pivô francês de 19 anos muito alto, desponta como favorito à primeira posição, mas ainda há alguma água para rolar até o dia do Draft.
Um pouco dessa água para rolar ocorre nesta semana, inclusive, quando 78 prospectos convidados se reúnem para diversas atividades do Draft Combine, incluindo entrevistas, testes médicos, medidas oficiais, apresentações de habilidades e jogos entre si. O Combine deste ano acontece em Chicago e começou na última segunda-feira (13), estendendo-se até o domingo (19).
O Draft 2024 da NBA será realizado no Barclays Center, casa do Brooklyn Nets, em Nova York, e ocorrerá em dois dias pela primeira vez, com a primeira rodada acontecendo no dia 26 de junho e a segunda no dia 27.
Após o sorteio da loteria, no calor da definição das franquias que primeiro escolherão, o The Playoffs vem com uma primeira versão do Mock Draft 2024, considerando somente as 14 primeiras posições, de loteria. Lembre-se, um Mock Draft nada mais é do que uma aposta. Não vai ficar bravo com o editor aqui se a escolha não for do seu agrado… Vamos às apostas!
Vale lembrar que será considerado um conceito de melhor talento disponível na posição, aliado à necessidade da franquia no momento, como uma oportunidade de crescimento do jogador. Dessa maneira, não serão consideradas possíveis ou potenciais trocas (trade down ou trade up), independente de rumores.
(Foto: Reprodução Twitter / Perth Wildcats)
1. Atlanta Hawks: Alexandre Sarr (C – Perth Wildcats/AUS)
Sarr é a personificação do jogador “moderno” da NBA: um excelente defensor na bola, ágil, que pode confrontar qualquer posição e tem tamanho, muito tamanho. O pivô francês de 19 anos, que vem de uma temporada na Austrália, tem 2,16 m de altura e 2,24 m de envergadura, bastante explosão e pode lembrar seu compatriota Victor Wembanyama no sentido de já impactar sua chegada na NBA pelo lado defensivo. A pulga atrás da orelha fica pelo arremesso: na última temporada, o pivô não teve aproveitamento na linha dos três e nem no lance livre.
2. Washington Wizards: Nikola Topic (PG – Estrela Vermelha/SER)
Companheiro de Yago Mateus no Estrela Vermelha, Topic é aquele armador clássico dos Bálcãs, como seu outro companheiro de Estrela, o experiente Milos Teodosic. O jovem de 18 anos e 1,98 m de altura é um ótimo criador e facilitador, com grande visão de quadra, achando passes inimagináveis com alguma frequência, além de grande controle de bola e ótima finalização quando próximo à cesta. Dois pontos são notáveis e com bastante abertura para melhoria: seu arremesso, principalmente do perímetro, e sua defesa, bastante oscilante. O jovem lesionou o joelho no início da semana, mas nada grave.
3. Houston Rockets (via Nets): Reed Sheppard (PG/SG – Kentucky)
Essa escolha é uma incógnita para os Rockets, que poderão negociá-la atrás de alguém consolidado para tentar vencer agora. Caso fique, Sheppard é uma escolha certeira para a equipe. Armador baixo para os padrões atuais, o jovem de 19 anos e 1,90 m é um dos melhores defensores da posição na classe e certamente não decepcionará, dada sua agilidade, inteligência fora da bola e pressão em quem a controla. Além disso, é um ótimo arremessador de três (52,1% na temporada universitária), setor que os Rockets penaram na última temporada. Certamente, seu tamanho pode ser uma questão, tanto na defesa, quanto no ataque.
4. San Antonio Spurs: Zaccharie Risacher (SF – JL Bourg/FRA)
Um ala francês de 19 anos, bastante ágil e alto para a posição lembra a situação que os Spurs viveram no último Draft. Risacher tem muita capacidade para ser uma peça importante dos dois lados da quadra. Defensivamente, é um bom reboteiro e tem bastante ação para roubar bolas, características facilitadas por sua capacidade atlética e seu tamanho. No ataque, ele consegue arremessar de três de diversos jeitos, apesar de ter nessa temporada 35,2% de aproveitamento apenas. Ataca em velocidade quando recebe a bola no jogo de meia quadra, mas tem dificuldades de criar para si mesmo, além do baixo aproveitamento nos lances livres por toda a carreira.
5. Detroit Pistons: Ron Holland (SF – G League Ignite)
Holland tão alto assim pode ser surpreendente, dado o hype do ala versus sua temporada decepcionante com o Ignite. De qualquer jeito, o ala de 18 anos tem um físico privilegiado de 2,03 m de altura e 2,08 m de envergadura, junto a uma agilidade e uma atitude dentro de quadra que os Pistons não possuem nada nem perto no elenco. Holland é um versátil defensor na bola e tem como principal valência ofensiva o ataque explosivo à cesta, com bom controle do corpo. Como a maioria dos jovens atletas chegando à liga, Holland tem dificuldades com o arremesso e precisará polir para chegar à liga. Há semelhanças com Ausar Thompson, mas em um corpo maior.
6. Charlotte Hornets: Stephon Castle (PG – UConn)
Armador alto, de excelente envergadura e com postura defensiva acima da média, Castle pode chegar nos Hornets com impacto imediato juntando-se a LaMelo Ball e Brandon Miller. Com os dois, o jovem de 19 anos poderá não ter grandes responsabilidades como criador e, principalmente, como arremessador, essa última característica sua principal fraqueza chegando na liga. Em Charlotte, sua defesa agressiva e seu ataque explosivo à cesta podem ser realmente seu carro chefe.
7. Portland Trail Blazers: Donovan Clingan (C – UConn)
Se entrasse hoje na NBA, Clingan seria o quarto jogador mais alto da liga, com seus 2,18 m de altura, além dos 2,30 m de envergadura. O pivô chamou a atenção na campanha do título universitário de UConn e tem muitas qualidades, porém algumas deficiências que o afastam do topo do Draft. Clingan é um excelente protetor de aro não só pelo tamanho, mas também pela inteligência em se colocar e ler jogadas, que o garantem com um ótimo timing para estar sempre no lugar certo. Ofensivamente, pontua bem próximo à cesta e consegue passar a bola com fluidez, mas ainda carece de um trabalho de pés mais avançado e de arremessos longe da cesta. Na defesa, poderá ser explorado no perímetro. Deandre Ayton terminou bem a temporada, mas Clingan é um jogador único na liga e poderia funcionar com os armadores.
8. San Antonio Spurs (via Raptors): Rob Dillingham (PG – Kentucky)
Dillingham é extremamente talentoso com a bola, apresentando excelente controle, boa finalização à meia distância e ótimo arremessador com alguma variedade de possibilidades do perímetro. Essas são ótimas características para alguém do tamanho do armador hoje na liga. Seu 1,85 m de altura, aliado a um físico magro, são as grandes questões de Dillingham para o Draft, as quais caem diretamente à sua capacidade de defender alguém dentro da NBA. De qualquer jeito, tendo Victor Wembanyama em seu time, tudo (ou quase tudo) fica mais fácil e ele é um jogador que poderá operar jogadas com o pivô com facilidade.
9. Memphis Grizzlies: Matas Buzelis (SF – G League Ignite)
Buzelis sobrar aqui para os Grizzlies talvez possa não acontecer, mas se rolar, o encaixe é muito bom. Ala extremamente alto (2,08 m), Buzelis chegaria para ser um dos mais altos do atual elenco de Memphis e apresenta qualidades interessantes para um time que não precisará de seus defeitos. O ala de 19 anos tem excelente leitura de jogo e isso aparece principalmente em sua contribuição como defensor fora da bola. Apesar do tamanho, o ala não tem grande físico e usa mais de jogadas para arremesso, seja do perímetro ou meia distância, com floaters, do que infiltrações, nas quais apresenta dificuldades de finalização. Com Ja Morant, Desmond Bane e Jaren Jackson Jr. na equipe, Buzelis parece preencher uma lacuna.
10. Utah Jazz: Isaiah Collier (PG – USC)
A mensagem do Jazz da última temporada foi a de não querer vencer agora, ainda em um processo de reconstrução. Pensando que o time não tenha pressa, escolher um jogador jovem com grande potencial, não necessariamente em uma posição carente, parece uma boa pedida, e Collier preenche tudo isso. O armador tanque de 19 anos de USC possui grande controle de bola e explosão para atacar a cesta, absorvendo o contato que for. Seu porte e suas mãos ativas fazem dele um bom defensor na bola, mas apresentou alguns baixos em USC me relação a foco na defesa e coberturas. No ataque, seu arremesso não é dos mais confiáveis e devido ao jogo acelerado, possui uma taxa de assistência por desperdício bastante baixa.
11. Chicago Bulls: Cody Williams (SF – Colorado)
Irmão mais novo do ala do Thunder Jalen Williams, Cody é mais alto (2,03 m) e tem como características a versatilidade defensiva (tem 2,16 m de envergadura), a ótima leitura de jogo e boa capacidade de pontuar, apesar de ter apresentado dificuldades em conseguir colocar a bola dentro da cesta muito próximo ao aro. Para um time veterano e bem estabelecido como Chicago, Cody consegue chegar pronto para impactar como um pontuador potencial fora da bola e um defensor persistente e versátil, que poderá encarar jogadores de diversas posições.
12. Oklahoma City Thunder (via Rockets): Dalton Knecht (SG/SF – Tennessee)
Detentor de diversos recordes positivos relacionados à pouca idade da equipe, isso não é um fator de preocupação para o Thunder com a 12ª escolha e selecionar o melhor jogador disponível pode ser uma boa, ainda que a troca da escolha seja algo bem provável aqui. Knecht tem 23 anos e deverá ser o jogador mais velho a sair na loteria. O ala de 1,98 m de altura é um grande arremessador e tem a capacidade de criar o próprio arremesso de diversas maneiras, além de bom finalizador próximo à cesta. Apesar de possuir bom instinto defensivo fora da bola, individualmente poderá sofrer na NBA e este deve ser sua principal fraqueza chegando à liga.
13. Sacramento Kings: Jared McCain (PG/SG – Duke)
McCain tem a mesma altura do armador DeAaron Fox e poderá formar uma dupla bastante dinâmica com o ex-Kentucky em Sacramento. O armador de 1,91 m é um grande arremessador e bom criador e facilitador de jogadas, podendo dividir essa responsabilidade com Fox em um cenário. Seu perfil veloz, com bom controle de bola consegue compensar seu físico esbelto que pode ser eventualmente explorado no lado defensivo.
14. Portland Trail Blazers (via Warriors): Tidjane Salaun (SF/PF – Cholet/FRA)
Mais um francês prodígio de tamanho superior à média da posição? Temos. Salaun tem 2,08 m e atua como ala, justamente porque tem mobilidade para tal. O francês de 18 anos tem boas leituras defensivas fora da bola, mas tem um potencial para defensor individual, por seu tamanho e envergadura, que ainda precisa deslanchar. Ofensivamente, é muito mais prolífico cortando e atacando a cesta do que se distanciando dela para arremessar. Jogando ao lado de armadores físicos como Scoot Henderson e Shaedon Sharpe, seu jogo tem tudo para ser potencializado.
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