Gol de Stefan Noesen no começo do terceiro período leva Carolina a triunfo em casa; goleiro Frederik Andersen é destaque com 33 defesas
O Carolina Hurricanes recebeu o New York Islanders neste sábado (20), na abertura da série de primeira rodada dos playoffs. Embora menos incisivos no ataque, os Canes contaram com uma grande performance do goleiro Frederik Andersen e conquistaram a vitória por 3 a 1. “(Andersen) fez a diferença no jogo. Grandes defesas que nos permitiram vencer por uma pequena margem”, afirmou o técnico Rod Brind’Amour.
Apesar de morno, o primeiro período terminou empatado em 1 a 1, com gols com características parecidas: saídas erradas das defesas. Foi assim que, em power play, os Hurricanes abriram o placar com Evgeny Kuznetsov. Adam Pelech tentou isolar o puck pela esquerda e entregou de bandeja a Andrei Svechnikov, que deu início a um novo contra-ataque. Após tabelar com Brady Skjei e Martin Necas, o atacante russo bateu cruzado. Com a visão bloqueada por Stefan Noesen, o goleiro Semyon Varlamov não alcançou o chute.
Minutos depois, quem errou ao tentar afastar o disco foi Brent Burns, de Carolina. Acabou causando um turnover, seguido de uma infelicidade de Andersen. O goleiro tropeçou ao defender o chute de Brendan Lemieux. A sobra ficou com Anders Lee, que forçou o chute — Kyle MacLean acabou empurrando para o gol e igualando para New York.
Andersen teve tempo de sobra para se redimir. Os Islanders dominaram o segundo período, a ponto de Kuznetsov declarar que “os primeiros 40 minutos dos Hurricanes foram inaceitáveis.”
O próprio Brind’Amour concordou e atribuiu ao fim de temporada dos Isles, que precisaram ser mais competitivos para chegar aos playoffs, enquanto os Canes estavam mais “acomodados” pela classificação antecipada. “No decorrer do jogo, fomos pegando ritmo e é assim que vai ser daqui pra frente.”
De fato, apesar de ter “largado na frente”, Carolina só pareceu acordar no começo do terceiro período, após Andersen fazer uma defesa que, para muitos, pode ser considerado o lance-chave da partida, embora o fator sorte também tenha sido decisivo. Caído, o goleiro viu o chute de Noah Dobson bater na trave. O defensor de New York correu para pegar o rebote, mas desta vez Andersen se esticou para bloquear o puck.
“Quando você faz uma defesa dessas, vira o momentum para o seu time”, disse Noesen. “Ele é demais e é para isso que é pago”, brincou Kuznetsov. “Precisamos marcar os gols, porque lá atrás nosso goleiro está jogando muito bem.”
Inspirados ou não por Andersen, os Hurricanes tiveram mais controle do jogo na etapa final. Ryan Pulock bloqueou o chute de Kuznetsov, mas Noesen ficou com a sobra e, cara a cara com Varlamov, fez 2 a 1.
Os Canes tiveram boas oportunidades para marcar o terceiro gol, mas ele só saiu na rede vazia, a um minuto e meio para o fim do confronto. Necas bateu do meio do rinque e viu o puck deslizar até cruzar a linha. Final, 3 a 1.
Apesar da derrota e da irritação durante a partida, o técnico Patrick Roy valorizou a atuação dos Islanders. “Estou tranquilo, porque jogamos com muita segurança”, afirmou. “O que fizemos até aqui foi ser resilientes e esse é o momento de continuar.”
Ainda na Carolina do Norte, o jogo 2 entre Islanders e Hurricanes acontece nesta segunda-feira (22).
Foto: NHL.com
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